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Governo publica norma que exige eficiência energética mínima em novas construções

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma resolução que torna obrigatória a adoção do Índice Mínimo de Eficiência Energética em novos projeto...

Governo publica norma que exige eficiência energética mínima em novas construções
Governo publica norma que exige eficiência energética mínima em novas construções (Foto: Reprodução)

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma resolução que torna obrigatória a adoção do Índice Mínimo de Eficiência Energética em novos projetos da construção civil. Na prática, isso significa que tanto empreendimentos da iniciativa privada quanto os da administração pública deverão atender a padrões mínimos de eficiência energética. A norma, publicada na edição desta terça-feira (30) do Diário Oficial da União(DOU), será implementada de forma gradual. Construção Civil tem patamar alto de emprego e já faltam profissionais 🔎O Índice Mínimo de Eficiência Energética, implementado pela Lei de Eficiência Energética (2001), visa estabelecer níveis mínimos de desempenho energético em diversos segmentos, que contempla desde equipamentos até edificações. A ideia é que os produtos ou espaços construídos sejam mais eficientes e consumam menos energia. A nova regra começará exigindo dos prédios de órgãos públicos federais, depois estaduais e municipais, o desempenho equivalente ao nível "A" da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), que vai de "A" (mais eficiente) a "E" (menos eficiente) — o sistema de etiquetagem já existe, mas a aderência até então era voluntária. As demais edificações devem apresentar, no mínimo, desempenho equivalente ao nível C, o que significa, basicamente, comprovar o atendimento de normas técnicas já vigentes. Quem alcançar o nível "A" geral da Ence poderá receber o Selo Procel Edificações. As exigências atenderão ao seguinte cronograma: 2027: construções de edifícios públicos federais; 2030: construções comerciais, residenciais em cidades com mais de 100 mil habitantes e de habitação de interesse social construída no âmbito dos programas habitacionais públicos ou financiada com recursos públicos; 2032: construções de edificações públicas estaduais; 2035: construções de edificações públicas municipais em cidades com mais de 100 mil habitantes; 2040: todas as novas edificações públicas, comerciais e residenciais em municípios com mais de 50 mil habitantes Concessionária seleciona projetos de eficiência energética Energisa/Divulgação Até 2040, projeta-se que cerca de 17 milhões megawatt-hora (MWh) sejam economizados, segundo estimativas do MME. Isso daria para suprir o consumo de uma cidade de 1 milhão de habitantes durante 7 anos ou o consumo de 7 cidades de 1 milhão de habitantes durante 1 ano. Além disso, espere-se que a implementação dessas regras leve a um menor consumo de energia elétrica, mais conforto térmico para as edificações e mais segurança. Empreendimentos habitacionais de programas sociais também serão contemplados pela medida.