Enfermeira condenada por matar amante com injeção letal usou droga que paralisa coração

  • 30/05/2025
(Foto: Reprodução)
Nara Priscila Carneiro foi condenada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de meio insidioso e emprego de meio que dificultou a defesa da vítima. Enfermeira é condenada a 28 anos de prisão pela morte do amante A enfermeira Nara Priscila Carneiro, condenada nesta quinta-feira (29) a 28 anos de prisão por matar com uma injeção letal um enfermeiro com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, aplicou na vítima um medicamento sedativo que quando combinado com outra substância para a respiração e o coração. ✅ Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp Ela foi sentenciada pelo Conselho por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de meio insidioso e emprego de meio que dificultou a defesa da vítima, identificada como Ramam Cavalcante Dantas, de 26 anos. O crime ocorreu em 2017, em um hospital particular infantil de Fortaleza, onde os dois trabalhavam. Enfermeira condenada por matar amante com injeção letal usou droga que paralisa coração Freeimages Além da prisão, a mulher deverá pagar uma indenização no valor de R$ 40.500, para reparação pelos danos morais sofridos pelos familiares da vítima. Conforme reconhecido pelo Conselho, a motivação do crime foi torpe, visto que Nara havia engravidado do amante, que deseja reconhecer a paternidade da criança. Porém, a enfermeira temia que a relação atrapalhasse seu casamento. "A ré pretendia esconder o relacionamento extraconjugal que tinha com a vítima para preservar seu casamento", diz um trecho da sentença, que o g1 teve acesso. LEIA TAMBÉM: Enfermeira é condenada a 28 anos de prisão por matar amante com injeção letal em Fortaleza Enfermeira teria matado amante após engravidar e não querer que ele assumisse a criança, em Fortaleza Recurso que impossibilitou a defesa da vítima Durante o julgamento, os jurados também levaram em consideração como agravante o meio usado pela enfermeira para cometer o crime. Já que ela aproveitou da confiança que Ramam tinha nela para administrar a droga que impossibilitou a defesa dele. "A acusada abusou da confiança que a vítima lhe tinha para cometer o delito, bem como, a agravante do uso de meio insidioso, pois, também reconhecido pelo Conselho de Sentença que a vítima foi envenenada com uso [...] e [...]", afirmou o documento. A substância usada por Nara é usada em execuções por injeção letal em certas jurisdições dos Estados Unidos, em combinação com outras drogas. Os jurados analisaram ainda as circunstâncias do crime, cometido em um hospital infantil, utilizando os insumos do equipamento e os conhecimentos profissionais da acusada. "As consequências são graves, posto que a vítima, além de muito jovem, deixou um filho menor de outro relacionamento, além do filho fruto do relacionamento com a própria ré, ainda em fase de gestação, deixando-os na orfandade paterna, causando aos menores, para além do abandono econômico, a privação emocional e afetiva que poderia ser suprida com a presença do genitor que, segundo os autos, buscava com todo esforço, assumir o relacionamento com a Ré, bem como a criação e educação do seu filho, filho este que na data da sua morte, estava em processo de gestação no ventre de sua mãe", consta no documento. Envenenado em hospital Enfermeira é acusada de matar amante com injeção letal Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), Nara era casada há 11 anos e mantinha relacionamento extraconjugal com Ramam há um ano e nove meses. Ela estava grávida, à época do crime. Ainda segundo os autos, por volta das 16h30 do dia 10 de julho de 2017, Nara, que era enfermeira e supervisionava a sala de Unidade de Cuidados Especiais (UCE), em um momento de inatividade do setor, envenenou Ramam Cavalcante, que era supervisor de atendimento no hospital infantil. Inicialmente, houve a suspeita de que Ramam tivesse cometido suicídio, porém, no decorrer das investigações, a polícia descobriu indícios da participação da acusada. Em depoimentos colhidos na fase investigatória, testemunhas relataram à polícia que a sala onde Ramam foi encontrado ficava trancada e a chave ficava gaveta de Nara, que era chefe do setor da emergência. Além disso, somente ela tinha acesso aos medicamentos usados na morte da vítima. A análise das filmagens do corredor do hospital comprovou que, apesar da acusada e a vítima entrarem na mesma sala, somente a mulher saiu. Além disso, o perfil traçado pela perícia de Análise de DNA realizada no recipiente de cloreto de potássio injetado na vítima, se identificou um perfil genético majoritariamente do sexo feminino. "Diante dos depoimentos colhidos em juízo, conclui-se pela existência de indícios de autoria que convergem na direção da Denunciada", diz um trecho da denúncia do Ministério Público. Impedida de exercer profissão Nara ficou impedida de exercer a profissão por 30 anos, após decisão do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE). A decisão do Coren-CE se baseou nos seguintes artigos: Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais; Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência; Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe; Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão; Art. 56 - Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/05/30/enfermeira-condenada-por-matar-amante-com-injecao-letal-usou-droga-que-paralisa-coracao.ghtml


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